terça-feira, 15 de julho de 2008

Retorno a Equilibrium

Einbroch, 12 de julho.

Esperei este dia durante muito tempo... Por isso, não me importei de levantar mais cedo do que de costume (e isso porque eu já acordo cedo) para ver o amanhecer.

É uma manhã fria aqui em Einbroch. O vento sopra a já costumeira nuvem de poeira e poluição sobre a cidade, e as pessoas já começaram a sair para seus trabalhos. Em resumo, um dia comum.

Mas ao contrário do que todos pensam, hoje não é um dia comum... pelo menos, não é para mim. Depois de meses longe dos desafios e perigos da caça de artefatos por conta da doença de minha mãe, é hora de voltar ao jogo... E pelo visto, a minha volta foi até um pouco depois da hora. Segundo as notícias que recebi (obrigada por me mandar notícias Rachiele), aconteceram mais coisas do que eu podia supor. Porém, não adianta chorar sobre o leite derramado. Tudo o que posso fazer é tentar ajudar a limpar a sujeira. E é isso que vou fazer.

Coloquei as armas no coldre e arrumei minha mala. A sorte é que isso tudo foi bem rápido de fazer (não tenho tanta coisa para embalar). Quando tudo estava pronto, fui até a sala. O que vi lá, me surpreendeu: minha família estava toda acordada para se despedir. Minha mãe me olhava com um sorriso no rosto e Daniel estava do lado dela, com uma carinha de sono que não dá para ficar sem sorrir. Já o meu pai estava de pé, com um pequeno embrulho.
- Eu tenho um presente para você.
Ele abriu o pacote. Era uma presilha com uma carta rabo de verme engastada nela.
- Ganhei isso quando tinha a sua idade.- meu pai me explicou.- Tome...- ele me entregou a presilha.- Sempre que usa-la, lembre-se de nós.
Peguei o acessório e agradeci meu pai.
- Boa sorte, minha menina.- minha mãe disse, se levantando e se aproximando de mim.- Que Deus te proteja.
- Boa sorte mana.- Daniel murmurou.
Abracei minha mãe e meu irmão.
- Cuidem-se.- falei sorrindo.- Até a volta.
Dito isso, dei uma última olhada na minha família antes de ir para o aeroporto.

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Caminhei lentamente, aproveitando a vista da cidade. É curioso o fato de que mesmo morando nessa cidade desde que nasci, ainda sinto uma fascinação ao caminhar pelas ruas da cidade, mesmo com toda essa poluição. Passados alguns minutos, finalmente cheguei ao aeroporto. Entrei, fui até uma das auxiliares e pedi:
- Uma passagem para Juno, por favor.
Paguei o valor e segui para o aeroplano. Ele estava do mesmo jeito que eu vira da última vez.

- Está na hora.

Embarquei no aeroplano com a certeza que, por mais difícil que o caminho possa parecer, eu o atravessarei sem temor. Afinal de contas, eu não estou sozinha.

Esperei este dia durante muito tempo...

Pessoal da Equilibrium, me aguardem. Logo eu estarei de volta ao grupo.

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